### **AS ESCRITURAS E O PODER**
Baseado em Mateus 22:23-33
Este é o cenário de uma guerra. Primeiramente espiritual, no campo de batalha as forças das trevas procurando lançar desconfiança na obra de Deus com o intuito de descredibilizar Jesus.
Jesus já esteve em momentos críticos em várias ocasiões, mas na última semana de Seu ministério, eles se intensificaram. A violência não era primeiramente à sua integridade física, não porque não quisessem, pois os evangelistas são claros em dizer que desejavam matá-lo, mas temiam a multidão. Agora eles investiam em ataques que poderiam minar a reputação de Jesus como Mestre colocando armadilhas verbais em assuntos confusos que eles escolhiam com terrível astúcia.
De um lado, os fariseus desejavam diminuir a obra de Jesus com ciúmes de sua aclamação de entrada triunfal, ocorrida no dia anterior, de outro herodianos queriam que Ele fosse preso por declarações contra o império porque não queriam outro governador do judeus que não Herodes, agora os saduceus pretendendo descredibilizar a doutrina de Cristo tentando confrontá-lo, ironicamente, com as Escrituras.
Como humano, Jesus poderia afirmar ignorância, mas eles não contavam que Ele estava preparado para todas as investidas.
O despreparo deles em honrar Jesus estava ligado ao modo como eles se relacionavam com as escrituras. Jesus tinha plena consciência de Sua missão e a estava cumprindo êxito, mas a liderança religiosa da época não conseguia fazer direito seu trabalho. Jesus era familiarizado com as Escrituras e eles sobrepunham suas ideias sobre ela.
Os saduceus não aceitavam toda a escritura, seguiam apenas o que lhes interessava e os fariseus achavam as escrituras insuficientes e acrescentavam suas ideias sobre elas. A Bíblia adverte seriamente sobre tirar e acrescentar à Sua palavra.
Isso soa familiar no cristianismo moderno e no adventismo não é diferente. Há quem ache a Bíblia arcaica, e imaginam que na atualidade não precisam seguir tudo o que nela está. Outros a acham insuficiente e incorporam tradições ou usam como norma escritos que possuem teor de aconselhamento, como o Espírito de Profecia.
Somente as ovelhas que ouvem a voz do Pastor podem reconhecê-la e seguí-Lo. Manter a bíblia fechada te coloca em risco de seguir o estranho por não saber distinguir a voz de Deus.
No mundo cristão, quando os professos não ignoram a Bíblia, a lêem com superficialidade como um escrito comum, sem distinguir Deus falando ou imaginando que deve “cumprir tabela” ou colocam narrações somente como pano de fundo enquanto fazem atividades corriqueiras, o que não é ruim, se não fosse os únicos momentos em que se tem contato com a Palavra, sem dar prioridade ao momento de comunhão. Outros fazem leitura casual, quando trazem-na para igreja só abrem durante o sermão.
Realmente os saduceus estavam errados ao falar sobre a ressurreição de casais, mas Jesus enfatizou que esse é o erro secundário, o primeiro erro de todos foi não conhecer as escrituras.
Isso não quer dizer que se lhes mostrassem os rolos das escrituras eles perguntariam: “O que é isso?” Como se não soubessem o que são ou o que dizem as escrituras. O verbo conhecer vai além de saber definir a palavra ou o objeto ou mesmo além da memorização do conteúdo. Conhecimento de verdade significa familiaridade transformadora. O conhecimento pode nos acompanhar como se fosse um amigo íntimo e influenciar nossa vida, daí falar-se de transformação, a influência que faz a diferença no que antes era igual.
Vivendo como se estivesse longe do conhecimento e como se nunca houvesse tido contato com ele, reproduzimos a experiência dos saduceus que erravam continuamente.
A solução existe. Em Sua advertência, Jesus ensinou a resolução óbvia: conheça as escrituras.
Mas Ele não parou por aí: é necessário confiar que Deus realmente pode fazer o que revelou na Escritura, acreditar no poder de Deus. Podemos ficar admirados que aqueles homens não criam na ressurreição dos mortos, um tema claramente revelado na escritura, mas duvidamos do poder de Deus para resolver as questões simples do dia a dia que nos causam medo ou anseio ou duvidamos que somos amados, ensino que é ainda mais claro que a ressurreição nas escrituras.
Quando não confiamos no poder de Deus, ainda que familiarizados com as escrituras, podemos ser induzidos a errar por pressão das provas. E Deus não quer isso para nós.
O texto termina dizendo que a multidão se admirou da doutrina de Jesus. Isso não quer dizer que eles todos os admirados permaneceriam na doutrina dEle e o obedeceriam até o fim, mas que aquela situação pontual os impactou. Mas o cristão não vive de impactos quando é claro que Jesus venceu o conflito com as Palavras de Sua boca, mas da perseverança quando Ele está em silêncio e o conflito desenrola brutalmente sobre nossas vidas nos machucando, por isso é preciso mais do que admiração, mas compromisso.
#meditação #fé #cristianismo #jesus #bíblia #bíblica #bíblico #brasil
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### **AS ESCRITURAS E O PODER**
Baseado em Mateus 22:23-33
Este é o cenário de uma guerra. Primeiramente espiritual, no campo de batalha as forças das trevas procurando lançar desconfiança na obra de Deus com o intuito de descredibilizar Jesus.
Jesus já esteve em momentos críticos em várias ocasiões, mas na última semana de Seu ministério, eles se intensificaram. A violência não era primeiramente à sua integridade física, não porque não quisessem, pois os evangelistas são claros em dizer que desejavam matá-lo, mas temiam a multidão. Agora eles investiam em ataques que poderiam minar a reputação de Jesus como Mestre colocando armadilhas verbais em assuntos confusos que eles escolhiam com terrível astúcia.
De um lado, os fariseus desejavam diminuir a obra de Jesus com ciúmes de sua aclamação de entrada triunfal, ocorrida no dia anterior, de outro herodianos queriam que Ele fosse preso por declarações contra o império porque não queriam outro governador do judeus que não Herodes, agora os saduceus pretendendo descredibilizar a doutrina de Cristo tentando confrontá-lo, ironicamente, com as Escrituras.
Como humano, Jesus poderia afirmar ignorância, mas eles não contavam que Ele estava preparado para todas as investidas.
O despreparo deles em honrar Jesus estava ligado ao modo como eles se relacionavam com as escrituras. Jesus tinha plena consciência de Sua missão e a estava cumprindo êxito, mas a liderança religiosa da época não conseguia fazer direito seu trabalho. Jesus era familiarizado com as Escrituras e eles sobrepunham suas ideias sobre ela.
Os saduceus não aceitavam toda a escritura, seguiam apenas o que lhes interessava e os fariseus achavam as escrituras insuficientes e acrescentavam suas ideias sobre elas. A Bíblia adverte seriamente sobre tirar e acrescentar à Sua palavra.
Isso soa familiar no cristianismo moderno e no adventismo não é diferente. Há quem ache a Bíblia arcaica, e imaginam que na atualidade não precisam seguir tudo o que nela está. Outros a acham insuficiente e incorporam tradições ou usam como norma escritos que possuem teor de aconselhamento, como o Espírito de Profecia.
Somente as ovelhas que ouvem a voz do Pastor podem reconhecê-la e seguí-Lo. Manter a bíblia fechada te coloca em risco de seguir o estranho por não saber distinguir a voz de Deus.
No mundo cristão, quando os professos não ignoram a Bíblia, a lêem com superficialidade como um escrito comum, sem distinguir Deus falando ou imaginando que deve “cumprir tabela” ou colocam narrações somente como pano de fundo enquanto fazem atividades corriqueiras, o que não é ruim, se não fosse os únicos momentos em que se tem contato com a Palavra, sem dar prioridade ao momento de comunhão. Outros fazem leitura casual, quando trazem-na para igreja só abrem durante o sermão.
Realmente os saduceus estavam errados ao falar sobre a ressurreição de casais, mas Jesus enfatizou que esse é o erro secundário, o primeiro erro de todos foi não conhecer as escrituras.
Isso não quer dizer que se lhes mostrassem os rolos das escrituras eles perguntariam: “O que é isso?” Como se não soubessem o que são ou o que dizem as escrituras. O verbo conhecer vai além de saber definir a palavra ou o objeto ou mesmo além da memorização do conteúdo. Conhecimento de verdade significa familiaridade transformadora. O conhecimento pode nos acompanhar como se fosse um amigo íntimo e influenciar nossa vida, daí falar-se de transformação, a influência que faz a diferença no que antes era igual.
Vivendo como se estivesse longe do conhecimento e como se nunca houvesse tido contato com ele, reproduzimos a experiência dos saduceus que erravam continuamente.
A solução existe. Em Sua advertência, Jesus ensinou a resolução óbvia: conheça as escrituras.
Mas Ele não parou por aí: é necessário confiar que Deus realmente pode fazer o que revelou na Escritura, acreditar no poder de Deus. Podemos ficar admirados que aqueles homens não criam na ressurreição dos mortos, um tema claramente revelado na escritura, mas duvidamos do poder de Deus para resolver as questões simples do dia a dia que nos causam medo ou anseio ou duvidamos que somos amados, ensino que é ainda mais claro que a ressurreição nas escrituras.
Quando não confiamos no poder de Deus, ainda que familiarizados com as escrituras, podemos ser induzidos a errar por pressão das provas. E Deus não quer isso para nós.
O texto termina dizendo que a multidão se admirou da doutrina de Jesus. Isso não quer dizer que eles todos os admirados permaneceriam na doutrina dEle e o obedeceriam até o fim, mas que aquela situação pontual os impactou. Mas o cristão não vive de impactos quando é claro que Jesus venceu o conflito com as Palavras de Sua boca, mas da perseverança quando Ele está em silêncio e o conflito desenrola brutalmente sobre nossas vidas nos machucando, por isso é preciso mais do que admiração, mas compromisso.
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