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Dave 1 year ago
agora, fiquei surpreso. acabei de criar um grupo com amigos próximos achando que a porra era criptografada kkkkk
explicando melhor: grupos são criptografados com o certificado do servidor do telegram, ou seja, pessoas de fora não leem, mas os "donos" do telegram lêem. Chats 1 pra 1 são criptografados "ponto a ponto", ou seja, são teoricamente privados. mas.... A criptografia do telegram é proprietária, não usam algoritmos padrão do mercado, o que leva a crer que podem haver backdoors mesmo na cripto ponto a ponto deles.
O problema do 0xchat é que ele é só um wrapper para as DMs do Nostr. E infelizmente tem uma questão de privacidade muito grande, pq a única coisa privada é o conteúdo da mensagem. Todo o restante como a identidade das partes, timestamp, e outros metadados ficam disponíveis. Por exemplo, você sabe quem conversa com quem e quando estiveram trocando mensagens, além da qtde de mensagens trocadas. Isso pode ser usado para montar um mapa de atividades/clusterização e relacionar a outras informações coletadas online. Ideal é que houvesse a implementação de um protocolo que realmente trouxesse privacidade ao Nostr, como essa prova de conceito que eu demonstrei aqui:
Sim, por isso mesmo, mas grupos abertos não vejo problema, Agora DM eu acho que sempre vai ter problema pois se vazar a nsec de alguma da partes o conteúdo é vazado. Além disso, uma nsec pode vazar e você nunca saber que vazou, e a pessoa ficar bisbilhotando suas DM's. Eu vi um pessoal comentando sobre usar a nsec como uma chave privada do Bitcoin, aí vc manda uns Bitcoins para essa chave, se a chave vazar, a pessoa terá um incentivo para roubar seus bitcojns e assim vc saberia que a chave vazou. Sei que o pessoal está trabalhando em outros esquemas para resolver esses problemas de DM no Nostr, mas não tenho acompanhado.
O wraped gift sempre vaza o destinatário e o horário da mensagem, assim como o volume de mensagens recebidas - mostrando o nível de atividade de comunicação privada. Eu acompanhei a criação do modelo e na época a discussão foi que preferiam implementar esse modelo pq achavam seguro o suficiente e tinha a NIP praticamente pronta, ao invés de iniciar a discussão sobre um modelo totalmente privativo e confidencial. Foi aí que concluí o protocolo por conta própria e publiquei para o caso de alguém achar interessante e implementar num cliente. A grande diferença da minha proposta é que um canal deve ser aberto para as partes (é só um nome de canal em comum para a conversa, mais ou menos como Veilid e SimpleX), enquanto que o wrapped gift manda a mensagem diretamente para o recipiente. Só que o wrapped gift vaza alguns metadados e na minha proposta, não. Outro ponto que me incomoda nos wrapped gifts é a sugestão de que o cliente tem que tomar alguns cuidados opcionais na implementação para proteger os metadados, e um erro ou não observação (ou atualização maliciosa) faz com que o protocolo continue funcionando, mas outros metadados acabem vazando sem que o usuário saiba.
O wrapped gift vaza o destinatário sim, senão não seria possível a pessoa receber. A diferença é que uma DM normal é kind 14 (ou kind 4 se for muito antigo) e o wrapped gift é kind 1059. Talvez o bot não esteja monitorando kind 1059 ou o cliente usado esteja usando um alias para o <p>. Acabei de ver na NIP 17 que eles aconselham o client manipular o campo <created_at> para não mostrar a data de criação, mas o relay que receber a mensagem terá esse log. Assim como uma sugestão dos relays de não servir 1059 para clientes não listados, que é interessante mas depende da configuração de cada relay. Vi um ponto de colocar no <p> ou a pubkey ou um alias. Isso também é interessante, mas depende da implementação do cliente. No NIP 17 eles fazem várias recomendações de implementação para os clientes e relays, para protegerem os metadados. Não é uma coisa que o protocolo faça sozinho e tem vários pontos de atenção: desde a possibilidade de censura pelo relay, como enumeração. Apps ou relays maliciosos ou comprometidos poderiam reter certas informações sem que o público saiba.