Sinceramente, tirando todo fator emocional, um cadáver é um objeto. Uma pessoa já sem vida passa a ser algo sem direitos e etc, na prática é um objeto, a posse dele é da família e ela deveria decidir o que fazer. No entanto nesse caso envolve uma outra pessoa e essa sim viva! O bb que está em seu estado gestacional está vivo e tem todos os seus direitos naturais resguardados, o direto da posse do corpo não pode se sobrepor ao direito da vida do bb.
Agora, quem vai pagar essa conta no final, ai acho q isso é discutível.
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A parada é, que não dá para apertar um botão e desligar o lado emocional, isso faz parte do ser humano. É uma questão de ética, não matemática.
Se for levar essa lógica de tratar um cadáver como um objeto sem direito em posse da familia para outro lado, daria para justificar uma familia dar o "objeto" para um necrófilo violar, por exemplo. Mesmo um morto, deve ter o direito de não ter seu corpo violado.
E novamente, o bebê muito provavelmente não irá sobreviver, tem que distorcer muito a lógica e natureza humana para achar isso justificável.
A familia ser obrigada a pagar por isso mesmo sendo contra é algo bizarro, mas nem de onde é o único ponto ou o mais bizarro da história.
O bebê tem só 9 semanas enquanto que o mínimo para ele nascer prematuro com a minima chance de sobrevivencia é mais que o dobro...
Com cerca de 20% de chance de sobrevivencia em 22 semanas (5 meses e 2 semanas) e cerca de 35% de chance em 23 semanas (5 meses e 3 semanas), ou seja, passando cerca de 3 meses na mãe 'morta-viva'.
O que é absurdamente difícil, caro, destroi com o emocional da família e tem muito mais chance de dar errado.
Concordo q é uma questão de ética, a vida do bb vale mais que "suas emoções" pelo cadáver. Sempre q se trata da vida de um humano inocente a ética se envolve.
"Muito provavelmente" não é suficiente para justificar um homicídio.
Quanto aos "direitos dos cadáveres" isso é mais uma questão moral, não ética. Nem no PNA nem no cristianismo um cadáver é visto como uma pessoa com direitos, daí vc teria q elaborar esse seu modelo de código moral.